terça-feira, 24 de abril de 2012

Ação missionária em São Paulo faz história entre os batistas

Durante a madrugada, voluntários evangelizavam na cracolândia
Dinamismo, energia e capacidade de agir. Os sinônimos da palavra "ação" definem bem a mobilização batista que reuniu, entre os dias 16 e 20 de abril, 230 voluntários que dedicaram uma semana à evangelização de pelo menos 13 pontos de concentração de usuários de drogas na capital paulista. Foram dias intensos, cheios de desafios, mas repletos da manifestação do poder de Deus.

Andando pela cidade de São Paulo era possível ver em todos os lados os amarelinhos, ganhando espaço e conquistando territórios antes dominados pelo vício, prostituição e tráfico de drogas. Aos poucos, as ruas cinzentas ganharam um colorido especial que marcou a chegada das boas novas de Cristo a vidas marginalizadas pela sociedade.

Da nossa Igreja estiveram presentes a irmã Denise granja e a irmã Cristina Contaifer.

"Com a Trans alcançamos novas localidades e conversamos com pessoas que nunca ouviram falar da Cristolândia", contou Diego Feitosa, voluntário do projeto Radical Brasil que também participa da Trans. Ele, que já convive com os usuários de drogas atendidos pela Missão Batista Cristolândia, conta que é maravilhoso poder acompanhar o processo de transformação daqueles que chegam à missão. "Não há nada mais gratificante do que isso, ver o agir de Deus e isso nos edifica. Não há nada como sentar, conversar, ouvir as histórias e incentivar a mudança na vida das pessoas".

A Trans, além da oportunidade de manter contato com o alvo da missão da Igreja, reconstruindo a visão de resgate dos perdidos, é o momento de sentir Deus de forma mais intensa. Marcelo Duduchi, voluntário da IB Ebenézer de São Paulo, se emocionou ao relembrar momentos quando pôde sentir a presença quase palpável do Espírito Santo durante as ações na Trans. "Ter a oportunidade de ver a verdade transformando vidas é a melhor coisa que pode acontecer. A gente percebe Deus atuando ao nosso lado, em favor dessas pessoas. Isso é maravilhoso e acredito que todos devem participar de uma experiência dessas e sentir a presença de
Deus dessa forma".

Histórias realmente impactantes ilustraram esse período de atividades na Trans. Uma delas é a situação de muitas crianças na comunidade do Moinho. "Estão vendo aquelas crianças ali?", disse uma voluntária, "são usuárias de drogas e a maior (que aparentava ter 11 anos) é a que distribui para as crianças da comunidade". Apesar da inocência roubada, estes meninos e meninas ouviram falar de Cristo, iniciando um processo gradativo de transformação em meio a cantigas e brincadeiras direcionadas pelos voluntários da Trans. Em outra localidade, uma voluntária que cortava os cabelos de moradores de rua foi ameaçada por um traficante que, pelo poder de Deus, ao final da Trans, converteu-se a Cristo, compondo o grupo que será encaminhado a uma casa de recuperação.

Vidas convertidas ao evangelho durante a Trans
 As madrugadas também foram impactadas pela ação dos voluntários da Trans. Pelas ruas do centro de São Paulo, a turba de dependentes químicos perambulava de um lado ao outro em busca de mais uma dose do crack. Em sinal de respeito, abriam o caminho e se preparavam para receber a sopa distribuída nas noites de frio. Outros, demasiadamente cansados de viver naquela realidade, pediam socorro e encaminhamentos a casas de recuperação. Essa é a luta constante da Cristolândia, ou seja, a busca por vagas e por donativos que são diariamente utilizados para a assistência na Missão.


Irmã Denise Granja - abordagem evangelística na rua.


O pastor Éber Silva, presidente da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil, presente ao Culto da Vitória na Pib de São Paulo, mencinou o grande avivamento missionário que, segundo ele, foi fomentado em parte pelo trabalho inovador de Missões Nacionais através da Cristolândia. "Na Assembleia da Convenção Batista de Niterói (RJ) eu disse que a Cristolândia incendiaria a igreja brasileira e vi, nesse evento, que já incendiou. O povo animado, o templo da PIB de São Paulo lotado, gente de muitos estados, uma santa euforia, celebrando Deus e a obra. Realmente, o senhor usa o trabalho da Cristolândia para promover um grande avivamento no Brasil".
A Trans Cracolândia alcançou mais de 1300 pessoas, sendo a maioria usuários de drogas. Dos convertidos, 340 vidas, entre adultos e crianças. A mobilização missionária também registrou 96 reconciliações e mais de 400 atendimentos sociais nos 13 pontos de evangelização espalhados pela cidade.

Deus está promovendo uma grande mudança na postura de sua Igreja. As quatro paredes, para muitos, já não são mais impedimentos. Em julho teremos mais oportunidades de fazer a diferença em nossa Pátria através da MEGATRANS.


Veja o testemunho da nossa irmã Cristina Contaifer!

Meus amados irmãos, nesta semana que passou ocorreu a Trans Cracolândia SP na qual compareceram mais de 200 voluntários de vários estados brasileiros. Nós fomos divididos em 15 equipes que ficaram dispostas em 14 locais. Minha equipe era formada por sete pessoas e ficamos na praça da República. Por quatro dias abordamos sobretudo moradores em situação de rua, sendo a maioria usuário de drogas ou álcool, mas também abordamos vários transeuntes. Não teve um dia parecido com outro, sempre ocorriam novas situações. Algumas vezes abordávamos as pessoas, outras vezes elas nos procuravam por verem em nossa camiseta a frase Jesus transforma. Algumas pessoas ouviam com interesse e eram encaminhados para a Missão Batista Cristolândia para receber cuidados e serem levados para internação. Outras, vinham de longe já nos atacando com palavras dizendo que crente não faz diferença nenhuma, mas após uma conversa conosco saiam mais calmos e receptivos. Em nossa praça também usávamos a estratégia de abordagem com o corte de cabelo gratuito e assim muitos nos procuraram e puderam ouvir do amor de Deus e da chance de alcançar a liberdade e a transformação de vida que só Jesus pode dar. Tivemos também abordagens noturnas dentro da Cracolândia junto com o ônibus da Cristolândia, nas quais ao encontrarmos um grupo de usuários de crack descíamos do ônibus conversávamos com eles, distribuíamos sopa e convidávamos para que eles deixassem esta vida e viessem conosco naquele momento e graças a Deus muitos atendiam ao convite. Deus fez grandes maravilhas nestes dias.

Obrigada pelas suas orações!
Em Cristo,  
 
Cristina Amaral Contaifer

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