O pastor iraniano Youcef Nadarkhani, que tinha sido condenado à morte
por causa da fé em Cristo, teve retirada a acusação de apostasia
(renúncia à fé islâmica, religião oficial no Irã) e foi libertado da
prisão, segundo informou o Centro Americano de Lei e Justiça (ACLJ, na
sigla em inglês) no último final de semana.
Ainda de acordo com o ACLJ, Nadarkhani foi convocado pelo Tribunal
Supremo do Irã para ouvir as acusações contra ele, o que criou
especulações de que a justiça da república islâmica o condenaria por um
crime comum, medida comumente adotada no país para sentenciar pessoas
por causa de religião. No entanto, Nadarkhani acabou sendo libertado.
Segundo o diretor executivo do ACLJ, Jordan Sekulow, citado pela rede de televisão americana Fox News,
as fontes do grupo relataram que Nadarkhani saiu da prisão após quase
três anos e já está com a família. Ainda segundo a Fox News, o ACLJ
trabalhou juntamente com o Departamento de Estado americano para
libertar o pastor iraniano.

A libertação de Nadarkhani teria acontecido após muita pressão da
comunidade internacional sobre o Irã, país acusado constantemente de
violar os direitos humanos.
Em entrevista à Fox News no sábado (8), Jay Sekulow, do ACLJ, disse
que a realidade econômica forçou o regime de Teerã a voltar atrás e
retirar a acusação que pesava contra o pastor iraniano. Jay disse que o
ACLJ se encontrou com parlamentares brasileiros e que o governo
brasileiro foi até o Irã, assim como a entidade teve apoio do patriarca
da igreja ortodoxa russa.
“Não havia ninguém no mundo envolvido com a defesa dos direitos
humanos que não soubesse quem era Youcef Nadarkhani. A situação começou a
ficar embaraçosa para o aiatolá e o regime”, disse Jay. “Essa pressão
resultou na libertação de Nadarkhani”, acrescentou.
O futuro de Nadarkhani é incerto, pois no passado houve casos de
líderes cristãos serem soltos, mas assassinados pouco tempo depois de
saírem da cadeia.
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