terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Visita a Missionária Dilene Rodrigues – Campo Grande RJ

Concluindo o Projeto anual de visita aos Missionários ligados a Igreja Memorial Batista, estivemos no dia 3 de dezembro na cidade de Campo Grande no Rio de Janeiro visitando a nossa missionaria Dilene Rodrigues. Nossa querida e incansável Missionária Dilene está plantando uma nova Igreja Batista naquela cidade. É o Projeto Esperança na Cidade de Campo Grande. O trabalho foi iniciado no início de 2011 e já tem um bom grupo se reunindo e estudando a Palavra de Deus. Somos gratos a Deus pela vida da nossa querida Missionária Dilene, por Deus ter direcionado a sua recuperação e agora podendo continuar a Servir ao Senhor com alegria.

Conheça um pouco mais sobre a biografia da nossa missionária, que no próximo mês de Março de 2012 completará 50 anos de vida Missionária em nosso Brasil.


Biografia Missionária

Dilene Nascimento Rodrigues nasceu em 1º de setembro de 1933 na cidade de Niterói, RJ. Sua mãe, Milburges Abreu Rodrigues, e avós maternos eram cristãos. Aos cinco anos deixaram a 1ª Igreja de Niterói e foram morar em São Vicente de Paula, RJ. Ao voltarem, em 1940, passaram para a Igreja Batista de Neves, em São Gonçalo, RJ, onde o então pastor Alberto Araújo, primo de sua mãe, iniciava seu ministério. Sua mãe  encaminhou-a nos caminhos do Senhor desde os seus primeiros dias. Ela era muito amiga de missões. Certa vez ela escreveu para a filha: “Se eu tivesse mais filhos, queria que todos fossem missionários”. Dilene desde cedo aprendeu a buscar a Deus e apesar de nunca ter vivido uma experiência marcante de conversão, aos 10 anos, em outubro de 1943, sentiu a necessidade de atender a um apelo feito em sua igreja, por ocasião de uma série de conferência realizada na igreja pelo Pr. Erodice Fontes de Queiroz. Em 28 de maio de 1944 foi batizada pelo pastor Alberto Araújo.

Ainda com 11 anos de idade era professora auxiliar de crianças em julho de 1945 com 12 anos sentiu o chamado para missões na Escola Popular Batista, hoje conhecida como Escola Bíblica de Férias, quando ouviu a missionária Tabita Krau de Miranda Pinto, que se preparava para ir a Bolívia pela JMM, descrever sua experiência.

Após esse acontecimento passou a participar de todas as atividades da igreja, quando se comportava como uma missionária de verdade. Por causa da contrariedade do pai não pôde estudar no ITC/Iber, hoje Ciem, mas não perdeu as oportunidades que surgiram.

Aos 14 anos era professora das moças e com 17, já era sua presidente. Neste período abriram oito pontos de pregação.

Na vida secular trabalhou em firmas comerciais, enquanto que também lecionava. Por fim, dedicou-se exclusivamente ao magistério, lecionando no Ginásio de Neves, dirigido na época por seu pastor.
Participando de um Congresso da Mocidade em 1954, sofre um acidente automobilístico, do qual escapou com ferimentos leves quando poderia ter sido bem mais grave. No momento do perigo pensou: “Se escapar com vida é porque Deus tem algo para eu fazer”. Ela que sempre foi entusiasta da obra missionária, numa das noites do congresso, ao ouvir o pastor David Gomes, então secretário executivo da JMN, fazer o apelo missionário, prontamente foi à frente atendendo-o.

Com a morte do pai ficou com a responsabilidade da manutenção da casa, com dois sobrinhos órfãos para educar. Só seis anos após, se apresentou. Tendo sido aceita pela JMN como obreira, firmou contrato em 13 de novembro de 1961 e de março de 1962 a janeiro de 1968 a missionária esteve trabalhando como professora de português, matemática e Educação física, alfabetização de adultos, além de ocupar o cargo de secretária do  Colégio Batista do Tocantins, em Tocantínia, TO. Durante a semana trabalhava no Colégio e nos finais de semana e férias ia pelas fazendas evangelizando, sempre a cavalo. Isto até 1964, quando passou a ser membro da PIB de Miracema do Norte, e foi atuar na congregação em Miranorte.

Em abril de 1968 foi transferida pela JMN para Estreito, no Maranhão, a fim de organizar o trabalho batista e abrir uma escola. Ali encontrou cinco crentes, sendo um da Igreja Cristã. O pastor José Lacerda da Silva (Igreja de Tocantinópolis) dava assistência ao grupo. Ao chegar a missionária organizou o ponte de pregação que em julho tornou-se Congregação da Igreja Batista de Carolina por ser Estreito um distrito daquele município. Em julho de 19969 a igreja foi organizada com 45 membros.

Fundou também a Escola Batista Beatriz Silva que funcionou até 1978, quando a junta fechou a maioria de suas escolas. Dentre os seus alunos e familiares mais de 100 foram batizados e surgiram três pastores e duas missionárias. E muitos ainda hoje daqueles que se converteram atuam na liderança de igrejas no Tocantins, Goiás, Maranhão Pará e em outros Estados. A missionária ainda abriu a congregação em Aguiarnópolis e outros pontos de pregação em Mosquito, Nazaré e Santa Terezinha. Em 1979 passou a direção da igreja da Estreito, MA, dos cinco membros já eram agora 117.

Voltou a lecionar no Colégio Batista de Tocantínia, TO, onde permaneceu até 1995. Além das atividades locais, era Diretora de Educação Religiosa da convenção estadual e secretária executiva da União Feminina do estado, e junto com Beatriz Silva, que era Diretora de Evangelismo do campo, faziam muitas viagens no fusca doado pela IB de Neves, RJ. Trabalhando junto a IB de Miranorte, a CB de Dois Irmãos e o ponto de pregação de Araguacema.

De 1982 a 1984 dirigiu a IB Meira Matos, cidade que fica a 87 km de Tocantínia, e de 1985 a 1986 a 1ª IB de Miracema, passando depois a liderar o ponto de pregação de Vila Canaã que em 1993 foi organizada Igreja com 50 membros, dois anos depois já passavam de 100. De novembro de 1986 a dezembro de 1988 esteve no Rio de Janeiro em tratamento de saúde de um câncer e da apendicite. Neste período, sua mãe faleceu e ao mesmo tempo “Deus me curou, possibilitando-me a oportunidade de voltar”.

Em 1995 passou a atuar definitivamente na área de Evangelização e Plantação de Igreja, depois de 42 anos nas salas de aula. Miracema experimentava grande progresso pois havia se transformado em capital provisória do no estado do Tocantins, e Dilene ficou responsável por quatro pontos de pregação da Igreja, além da liderança da várias organizações e liderando na ausência do pastor titular em alguns momentos.
Em 2000 passou a concentrar seus esforços no trabalho no Setor Universitário, então chamado de Sussuapara, e em 6 de janeiro de 2001 organizou a Igreja, com 26 membros, a primeira do terceiro milênio no Tocantins.

A missionária Dilene Rodrigues atuou na cidade de Bonfinópolis, GO entre 2006 e 2008. O trabalho em Bonfinópolis segue sob coordenação da IB Novo Mundo em Goiânia. Ficou com 28 membros e 25 cooperadores, EBD e outras organizações formadas e uma forte liderança. Em julho de 2008, Dilene assume um desafio de plantar mais uma igreja na cidade de Anápolis. Alí ela revitalizou este trabalho e no final de 2010 ela retornou ao Rio de Janeiro onde está plantando uma nova Igreja na Cidade de Campo Grande.

EXPERIÊNCIAS:

O ministério na cidade goiana

O trabalho em Bonfinópolis foi iniciado com visitas aos lares, conhecendo as pessoas e fazendo-se conhecida. A primeira reunião foi uma classe de EBD com três crianças. Atualmente a EBD tem 40 alunos inscritos, divididos em três classes: uma para crianças até 7 anos, outra de 7 a 15 anos e uma de adultos. Tudo isso na varanda da casa da missionária. Certa vez, devido ao frio intenso e forte vento, tornou-se impossível continuar na varanda e as classes foram divididas pelos cômodos da casa.

O trabalho em Bonfinópolis segue sob coordenação da igreja-mãe, com 28 membros e 25 cooperadores, EBD e outras organizações formadas e uma forte liderança. Entre eles está um senhor que havia pensado em suicídio. Convidado por amigos para visitar a igreja, foi e aceitou a Jesus como Salvador. “Ele está muito feliz e tem trazido muitos familiares aos trabalhos”, declara a missionária Dilene.

A nova congregação já tem organizações como Sociedade de Homens, Mensageiras e Embaixadores do Rei e MCA com a participação de 11 senhoras. Este grupo foi responsável pela organização do primeiro encontro de casais, realizado em maio passado. Pastor Marcos Machado, da IB Novo Mundo em Goiânia – igreja-mãe da congregação – dirigiu o encontro ao lado de sua esposa.  O encontro foi uma oportunidade de receber casais não-crentes, além de aumentar a comunhão entre os casais da congregação. Há planos para a realização de um encontro por mês com estudos sobre o lar e educação de filhos, por exemplo. Alguns dos casais já voltaram a visitar a igreja e outros estão sendo visitados pela missionária.

De volta para casa

Certa manhã recebi a notícia de que um dos adolescentes da igreja havia sido expulso da casa pelo pai. Mãe e irmãos também são membros da igreja. Á tarde o jovem apareceu para contar o que havia acontecido. Era problema de brigas em casa especialmente com o irmão mais novo. No dia seguinte, a missionária foi conversar com o pai que o expulsou. Ela mostrou o perigo da atitude, pois as cidades estão cheias de más companhias e que logo ele iria encontrar amizades inconvenientes. O pai ouviu o conselho e a promessa da missionária que iria fazer o possível para ajudá-lo a resolver a questão. Ele então disse que o filho poderia conversar com ele e resolveriam a situação. Quando o rapaz chegou da escola, a irmã Dilene o aconselhou longamente, falando do seu mau testemunho, leram a Bíblia juntos, oraram e ele foi conversar com o pai. Eles se acertaram e hoje o rapaz é o violonista da igreja e líder dos Embaixadores do Rei. E a família continua orando para que o pai volta à Igreja.

Deus nos ouve

Decidiu-se na CB em Bonfinópolis  uma menina de 10 anos, a Diéssica. Em janeiro ela adoeceu e levada ao hospital, foi constatado que o problema era diabetes e a taxa de glicose era superior a 600. Ficou internada durante 23 dias. E a congregação orando por ela. Sua mãe muito pobre trabalha durante o dia em uma casa de família e a noite como frentista de um posto de gasolina para sustentar seus 3 filhos. No hospital ela, que já freqüentou uma igreja evangélica, prometeu ao Senhor que quando voltasse para casa iria para a nossa Igreja. Voltou conseguiu deixar o emprego da noite, os três filhos já se matricularam na EBD e ela está no firme propósito de seguir a Cristo. Continuamos orando por eles e ajudando financeiramente como podemos. Deus ouviu nossas orações. “A oração do justo pode muito em seus efeitos”.

Cristo Liberta

Certo domingo á noite entraram na Igreja que dirigia em Estreito, MA, dois bêbados. Um irmão conseguiu acomoda-los e eles ouviram toda a mensagem. No final atenderam ao apelo. Um deles o Luis Gonzaga continuou, foi batizado e um ano depois estava no Instituto Teológico de Carolina. O outro não permaneceu, por mais que trabalhasse-mos com ele. A esposa não agüentava mais sua companhia e ele passou a viver de favores.

Certo domingo o já pastor Luis Gonzaga estava visitando nossa Igreja e sua família, encontrou na rua seu velho companheiro de farras, caído na sarjeta, na pior situação possível. Conversou com ele, aconselhou-o, mostrou a diferença entre eles devido as atitudes que haviam tomado; o amigo chorou mais não deixou que Cristo mudasse sua vida. Meses depois morreu de tanto beber. O outro até hoje é pastor no Tocantins. Cristo no coração faz a diferença.



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