sexta-feira, 6 de maio de 2011

Uma Viagem Inesquecível aos Yanomami, na Aldeia Halikato-U

“Então disse aos seus discípulos: A seara é realmente grande, mas poucos os ceifeiros. Rogai pois ao Senhor da seara que mande ceifeiros para a sua seara.”Mateus 9:37-38.
No mês de março do corrente ano realizei uma viagem missionária com o pastor Samuel Moutta- Gerente Executivo de Expansão Missionária de Missões Nacionais da CBB e o pastor Milton Camargo, Presidente da MEVA –Missão Evangélica da Amazônia, com sede em Boa Vista-Roraima à etnia Yanomami, aldeia Halikato-U. A viagem foi realizada no monomotor da Missão aérea Asas de Socorro, com a duração de 1 hora e 30 minutos. O tempo não estava bom. Mas, fizemos a viagem com muita segurança.
Ao pousar na aldeia, diversos índios vieram ao nosso encontro. Sempre a chegada de um avião é sinal de esperança para eles. Chegam remédios, materiais para uso dos alunos na escola, alimentos para o missionário... E outros materiais para o posto enviado pela MEVA- Missão Evangélica do Amazônia.
 A Missão Asas de Socorro é um grande instrumento de Deus para abençoar os missionários com a entrega de diversos produtos para a realização da sua missão em seus respectivos campos.
Na aldeia Halikato-U existem 83 índios como moradores .O missionário Curty, da Missão Evangélica da Amazônia tem dado assistência naquela aldeia.  Ele passa 30 dias na aldeia dando assistência aos indígenas sozinho, na esperança da chegada de um casal de missionários. Ele faz o trabalho com chefe de posto, professor para os alunos da escolinha, realiza cultos, busca madeira na mata... É muita coisa para uma só pessoa. Fiquei emocionado com a bravura, solidão do missionário e o seu amor para com o povo Yanomami, na aldeia Halikato-U. Confesso que eu gostaria de passar um tempo com ele, para aprender a cultura daquele povo e ao mesmo tempo, ser companheiro de jugo.
Há uma urgência para o envio para um casal de missionários e um jovem ou uma jovem solteira que tenham o treinamento sócio linguístico,  para trabalhar com aquele povo.   
Confesso aos amados irmãos que foi um grande impacto cultural para a minha vida. Muitos ensinamentos preciosos pude aprender ali, como por exemplo: ao visitar algumas malocas com várias pessoas fazendo a sua comida, deitadas na rede e conversando em grupo, perguntei ao missionário Milton Camargo: Como eles se identificam como grupo familiar? O missionário nos explicou :” Quando você encontrar no chão um fogareiro feito de tijolo acesso e ao redor redes, ali se caracteriza uma família reunida. Ninguém invade o espaço do outro. Há respeito entre si. Não existe um muro que isola uma residência da outra. Todos sabem os seus limites.”
O missionário Milton Camargo nos relatou que a nossa viagem era como estivesse chegando ao fim mundo, ou seja, que ali é um local totalmente isolado. Não se chega de Boa Vista-Roraima até a aldeia de carro ou canoa. Só, e, somente só de avião.
Com isso, veio à minha mente as palavras do apóstolo Paulo em sua carta aos romanos, capítulo 10, versículos 14 a 15 que nos diz: “ Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam o evangelho de paz; dos que trazem alegres novas de boas coisas.”
Os Yanomami na aldeia Halikato-U só irão ouvir a mensagem do evangelho de Jesus Cristo em sua própria língua que Jesus é o Caminho para o céu, se alguém se colocar nas mãos do Senhor para ser enviado como seu mensageiro aquele povo. Eu que creio que temos pessoas com o chamado para obra missionária, em especial para o campo indígena em nosso Brasil. Basta só ouvir,obedecer e ir aos campos missionários,pois os campos estão brancos para ceifa, de uma maneira objetiva aos Yanomami na aldeia Halikato-U.
Em nosso regresso a Boa Vista, visitamos a aldeia Palimi-U da etnia Yanomami. Como foi interessante acompanhar o progresso daquele povo, no campo social, educacional e espiritual. Nessa aldeia está acontecendo um grande avivamento espiritual nesses últimos anos. Muitas pessoas se convertendo a Jesus Cristo,vários batismos, líderes cristãos indígena sendo treinados para em breve, eles mesmo conduzirem o seu próprio povo.Mas, para que isso esteja acontecendo, foi necessário que vários homens e mulheres  de Deus há mais de três décadas, ofertassem suas vidas naquela região, ao povo Yamomami. Creio que esta mesma história poderá ser contada no futuro, se missionários forem enviados a aldeia Halikato-U.
Para atender este chamado, além do amor pelos povos indígenas isolados Yamomai, faz-se necessário ter um curso teológico e  transcultural. Estes cursos irão lhe capacitar  o ao exercício do seu ministério. Se é médico, dentista, enfermeiro,laboratorista, pedagogo(a) serão bem- vindos à trabalhar com a causa indígena. Compartilhe com o seu pastor o que Deus está falando ao seu coração sobre os desafios da obra missionária indígena. Acesse o site de Missões Nacionais, busque informações sobre o trabalho indígena. Ou seja, se apresente JÁ para ganharmos a Pátria para Cristo com os povos indígenas.
Pedidos de Oração:
1- Pelos povos Yanomami, isolados na aldeia Halikato-U
2- Pelo envio de três missionários, sendo um casal ou  um(a)missionário(a)solteiro(a)
3- Pelo intercessão aquele povo isolado, sem Cristo e sem esperança para vida eterna;
4- Pela visão da Missão de Missão Asas de Socorro e a MEVA em prol da evangelização dos povos indígenas naquela região;
5- Pelos recursos financeiros necessários para o sustento e manutenção daquele trabalho naquela aldeia.

No amor de Jesus Cristo,

Pr.Valdir Soares da Silva
Gerente de Missões para as regiões Centro-Oeste e Norte e área indígena de Missões Nacionais da CBB.

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